Eletroforese em gel é uma técnica de separação de moléculas (tais como proteínas, ADN, ou fragmentos de ARN) de acordo com o tamanho e que envolve a migração de partículas em um determinado gel durante a aplicação de uma diferença de potencial. As moléculas de ADN linear são separadas de acordo com o tamanho, quando submetidas a um campo elétrico por meio de uma matriz de gel.[1] Esta técnica permite aos biólogos medir o tamanho dos fragmentos de ADN sem os sequenciar uma vez que, como a velocidade de migração é uma função do tamanho do fragmento, a medida das distâncias de migração permite se estimar estes tamanhos.[2] Os sistemas de seqüenciamento em gel utilizam fontes de alta tensão (1500-3000V).[3] Após a electroforese se completar, as moléculas de ADN podem ser visualizadas por coloração do gel com corantes fluorescentes, como brometo de etídio.[1]
Funcionamento
Os ácidos nucleicos apresentam um esqueleto fosfodiéster significando que eles carregam numerosos grupos fosfato carregados negativamente, de modo que, quando presentes em um campo elétrico eles tenderão a migrar para a direção do eletrodo positivo.[4] Ao migrar por um gel poroso, as moléculas de ácidos nucleicos podem ser separadas de acordo com o tamanho.[4] As moléculas a ser classificados são dispensadas em um poço ou câmara no material de gel. O gel é colocado numa câmara de electroforese, o qual é então ligado a uma fonte de alimentação.
Quando a corrente elétrica é aplicada, as moléculas de maiores dimensões se movem mais lentamente através do gel, enquanto que as moléculas menores movem mais rapidamente.
Após a eletroforese ter se completado, as moléculas no gel podem ser tingidas com corante para torná-las visíveis. O ADN pode ser visualizado usando-se o brometo de etídio, que, quando intercalado no ADN, fica fluorescente sob a luz ultravioleta.